quinta-feira, 19 de abril de 2012

Vovô te levantar!


Eita, Fernandinho. Dessa vez você deu um sustão na gente. Deixou sua mãe apavorada e, pelo que ela falou, chorou mais do que você. Aconteceu assim, anteontem à noite: você estava em seu carrinho andando pela sala quando, numa manobra brusca, perdeu o controle. Aí foi carrinho pra trás, você para frente. Foi carrinho tombado no chão e seu nariz amassado na estante. E choro imediato. E medo de que algo tivesse quebrado. E corre-corre geral. Aí fiquei sabendo que na hora você estava com um copo de suco na mão, o que atrapalhou sua pilotagem. Aprenda, meu garoto, uma lição que nós adultos estamos sempre ouvindo: se beber, não dirija. Mas tudo bem, foi mesmo apenas um grande susto, que deixou você com um narigão inchado, como o de um boxeador, como um autêntico Rocky Balboa. E, assim como o Rocky, que você vai conhecer vendo o filme um dia, você já se levantou e está pronto para encarar o que vier pela frente. E não se preocupe. Vovô estar sempre aqui no corner, pronto para ensinar a você a se defender dos golpes que a vida dá na gente. Deixo hoje uma músicas das antigas, mas que deixou uma expressão que será usada para sempre por todos nós: “Volta por cima”, de Paulo Vanzolini.

Chorei

Não procurei entender

Todos viram, fingiram

Pena de mim não precisava

Ali onde eu chorei

Qualquer um chorava

Dar a volta por cima que eu dei

Quero ver quem dava

Um homem de moral

Não fica no chão

Nem quer que mulher

Lhe venha dar a mão

Reconhece a queda

E não desanima

Levanta, sacode a poeira

E dá a volta por cima

Reconhece a queda

E não desanima

Levanta, sacode a poeira

E dá a volta por cima

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Vovô estudar!


Vovô te dizer, Fernandinho. A vida está sempre nos ensinando lições. E uma das maiores é de que tudo passa rápido demais. Tão rápido que, quando a gente presta atenção, mais um ano se passou e o nosso garotão já está na escolinha, ou na “cóinha” como você gosta de repetir. Ver essa sua foto de uniforme, todo garboso, me fez lembrar das primeiras idas à escola da sua mãe. Ao contrário de você e da sua tia Dani, que entraram e nem deram bola para quem ficou de fora, sua mama deu trabalho. Ela era apegada demais na gente e foi só o portão da escola fechar que ela abriu um berreiro. Tentamos alguns dias que ela ficasse, mas não teve acordo. E o jeito foi adiar por um ano a ida dela para a escolinha. Mas com você, pelo que vi, não teve nada disso. Vai, faz amigos, brinca e na hora de voltar vai pra casa até de bike. E se chover, o que já aconteceu, não tem tempo ruim: sua mãe improvisa uma capa de chuva com uma sacolinha e você encara na boa. É isso, meu estudante. Vovô torcer para que você aprenda todas as lições que a vida vem trazendo, ano após ano. Deixo para você uma das músicas que eu aprendi a amar, “Coração de Estudante”, do mestre Milton Nascimento.

Quero falar de uma coisa


Adivinha onde ela anda


Deve estar dentro do peito


Ou caminha pelo ar


Pode estar aqui do lado


Bem mais perto que pensamos


A folha da juventude


É o nome certo desse amor


Já podaram seus momentos


Desviaram seu destino


Seu sorriso de menino


Quantas vezes se escondeu


Mas renova-se a esperança


Nova aurora, cada dia


E há que se cuidar do broto


Pra que a vida nos dê


Flor flor e fruto


Coração de estudante


Há que se cuidar da vida


Há que se cuidar do mundo


Tomar conta da amizade


Alegria e muito sonho


Espalhados no caminho


Verdes, planta e sentimento


Folhas, coração,


Juventude e fé.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Vovô assoprar a velinha

Então 1 ano se passou. Rápido como passam todos os anos. Mas devagar o suficiente para que todos pudéssemos curtir você a cada dia desse ano, Fernandinho. Ontem, tirei esta foto em que seus pais seguram você na hora em que todos cantávamos parabéns. E você, sem entender direito, olhava cheio de vontade para o bolo de chocolate que sua mãe fez e que estava maravilhoso de bom. Assim como foi maravilhosa de boa a festa e tudo o mais que seus pais fizeram para comemorar seu primeiro aninho. Entre avôs, avós, sua bisavó Lili, seus tios e tias, parentes e tantos amigos o que mais chamou a atenção foi sua felicidade, meu neto. E sua fome: só comigo você pegou e traçou 3 pasteizinhos, sem a menor cerimônia. Continue assim, meu lindo. Sorrindo e comilão, pra crescer forte, saudável e feliz. E pra deixar você com água na boca, fica a música “Não é proibido” da Marisa Monte.

Jujuba, bananada, pipoca,
Cocada, queijadinha, sorvete,
Chiclete, sundae de chocolate

Paçoca, mariola, quindim,
Frumelo, doce de abóbora com coco,
Bala juquinha, algodão doce, manjar

Venha pra cá, venha comigo,
A hora é pra já, não é proibido,
Vou te contar, tá divertido,
Pode chegar

Uh, uh, uh
Vai ser nesse fim de semana,
Manda um e-mail para a Joana vir

Uh, uh, uh
Não precisa bancar bacana,
Fala para o Peixoto chegar aí

Traz todo mundo,
Tá liberado,
É so chegar

Traz toda gente,
Tá convidado,
É pra dançar

Toda tristeza,
Deixa lá fora,
Chega pra cá

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Vovô torcer


Estamos em plena Copa do Mundo. Deste mundão novo para você e para todos nós após sua chegada, Fernandinho. E eis que abro meu email esta manhã e você aparece todo uniformizado, com essa carinha de quem não está nem aí com as burradas do Dunga. E eu, como seu torcedor número 1, fiquei mais uma vez emocionado. Puxa, como você está grande, meu craque. Já de pé, doido pra dar os primeiros chutes nas bolas que a vida vai colocar na sua frente. E que tenho certeza você vai driblar o que der e vier, de prima, fazendo gols e mais gols de placas que encherão de orgulho seu pai e sua mãe. A gente ainda não sabe se o Brasil vai ser hexa na África do Sul. Mas o nosso campeão, este não temos dúvida: é você, Fernandinho. E pra você ir logo aprendendo a comemorar as vitórias do Brasil, segue a música que todos cantamos nas Copas do Mundo.

“A taça do mundo é nossa
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro
A taça do mundo é nossa
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro
O brasileiro lá no estrangeiro
Mostrou o futebol como é que é
Ganhou a taça do mundo
Sambando com a bola no pé
Goool!
A taça do mundo é nossa
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro
A taça do mundo é nossa
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro
O brasileiro lá no estrangeiro
Mostrou o futebol como é que é
Ganhou a taça do mundo
Sambando com a bola no pé
Goool!”

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Vovô te visitar

Oi, Fernandinho. Agora no almoço o vovô foi te visitar. E lá estava você no seu carrinho, largadão, sonhando, curtindo sua nova casinha. Sua mãe já está mais habituada à nova tarefa de “mãe24horas” e seu pai continua ao lado dela pro que der e vier. Inclusive fraldas sujas, coeiros recheados e outras cositas mais. Bom, meu amor, minha hora do almoço foi uma delícia como a música “Não é proibido” da Marisa Monte, que deixo para embalar você.
























“Jujuba, bananada, pipoca,
Cocada, queijadinha, sorvete,
Chiclete, sundae de chocolate, Uh!
Paçoca, mariola, quindim,
Frumelo, doce de abóbora com coco,
Bala juquinha, algodão doce e manjar. Uh!
Venha pra cá, venha comigo!
A hora é pra já, não é proibido.
Vou te contar: tá divertido,
Pode chegar!”

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Vovô te abençoar


Fernandinho, você chegou finalmente. E não imagina a alegria que trouxe para todos nós ontem. Foram mais de 7 horas de espera por você, nos corredores da ProMatre, a maternidade onde você nasceu. Enquanto sua mãe e seu pai estavam no centro cirúrgico, estávamos todos ansiosos e apreensivos do lado de fora. Eu e Lígia, seus avós paternos Janu e Vilma, sua avó materna Mônica, sua bisavó Lili, suas tias Dani e Ana, seus tios Angelo e Bruno e mais uma galera enorme dos seus parentes e amigos de Arujá. Era para ser parto normal, mas você teimou em ficar na sua e aí a cesariana abriu o caminho para que você viesse até nós. E então pouco depois das 19 horas você desfilou em nossa frente. Lindo, de gorrinho, se espreguiçando, como que se exibindo para nós. E nós retribuímos com um chororô geral de alegria. Hoje fui duas vezes à maternidade ver você. E lá estava um garotão tranqüilo, no colo da supermãe Marcinha, vigiado atentamente pelo superpai Fernando, amado loucamente por este avô que não pára de ficar bobo a cada momento que pensa em você. Agora de noite peguei você no colo. E a sintonia entre nós dois foi imediata. Chego a jurar que você sorriu para mim, como que se dissesse “Oi, vovô!” Vou deixar uma música para comemorar sua chegada. É “Como é grande meu amor por você” do Rei Roberto, para homenagear o nosso Reizinho Fernando I.

“ Eu tenho tanto
Pra lhe falar
Mas com palavras
Não sei dizer
Como é grande
O meu amor
Por você...
E não há nada
Pra comparar
Para poder
Lhe explicar
Como é grande
O meu amor
Por você...
Nem mesmo o céu
Nem as estrelas
Nem mesmo o mar
E o infinito
Não é maior
Que o meu amor
Nem mais bonito...
Me desespero
A procurar
Alguma forma
De lhe falar
Como é grande
O meu amor
Por você...
Nunca se esqueça
Nem um segundo
Que eu tenho o amor
Maior do mundo
Como é grande
O meu amor
Por você...
Mas como é grande
O meu amor
Por você!...”

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Vovô te dar água na boca

Boa tarde, Fernandinho. Ontem fomos todos almoçar. Eu, a Ligia, a Dani, seu pai, sua mãe e, lógico, você. Fomos num bistrô muito gostoso e pela carinha da sua mãe, vocês adoraram ir lá. Demos bastante risada, levantamos brinde a você, foi muito legal. Sua mãe está muito linda, com você moldando sua nova barriguinha, redondinha e cheia de vida. Na sobremesa vocês comeram Petit Gateau, lambendo os beiços. Ela nos contou que você já começou a dar uns chutes. Que legal, meu garoto. Tomara que você seja um canhotinho como eu, mas bom de bola como o Rivellino, um dos melhores jogadores de futebol que o Brasil já teve. Pra terminar, fica aí dando seu chutes ouvindo a música "O Futebol" do Chico Buarque de Holanda.

Para estufar esse filó
Como eu sonhei

Se eu fosse o Rei
Para tirar efeito igual
Ao jogador
Qual
Compositor
Para aplicar uma firula exata
Que pintor
Para emplacar em que pinacoteca, nega
Pintura mais fundamental
Que um chute a gol
Com precisão
De flecha e folha seca
Parafusar algum joão
Na lateral
Não
Quando é fatal
Para avisar a finta enfim
Quando não é
Sim
No contrapé
Para avançar na vaga geometria
O corredor
Na paralela do impossível, minha nega
No sentimento diagonal
Do homem-gol
Rasgando o chão
E costurando a linha
Parábola do homem comum
Roçando o céu
Um
Senhor chapéu
Para delírio das gerais
No coliseu
Mas
Que rei sou eu
Para anular a natural catimba
Do cantor
Paralisando esta canção capenga, nega
Para captar o visual
De um chute a gol
E a emoção
Da idéia quando ginga

(Para Mané para Didi para Mané Mané para Didi para Mané para Didi para Pagão para Pelé e Canhoteiro)